O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, caso o presidente russo, Vladimir Putin, venha ao Brasil em 2024 para participar da próxima edição da cúpula do G20, ele não será sujeito a prisão. Esta declaração foi feita durante uma entrevista concedida à jornalista Palki Sharma, do canal indiano Firstpost, transmitida na tarde deste sábado (9 de setembro de 2023).
Lula explicou que Putin não enfrentará a possibilidade de prisão devido ao respeito que os outros países terão pelo Brasil. Ele destacou a importância de levar a “independência” do país sul-americano a sério. A 19ª cúpula do G20, que reúne as 19 economias mais industrializadas do mundo e a União Europeia, está programada para ocorrer no Rio de Janeiro, de 18 a 19 de novembro de 2024.
O ex-presidente brasileiro enfatizou seu compromisso em tratar as pessoas com cortesia, afirmando: “Eu posso lhe dizer que eu sou o presidente do Brasil. Se ele vier para o Brasil, não há motivo para que ele seja detido.”
Neste ano, Vladimir Putin evitou participar de reuniões internacionais devido ao risco de prisão. Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Putin e Maria Alekseyevna Lvova-Belova, comissária dos Direitos da Criança no Gabinete Presidencial russo, sob acusação de supostos crimes de guerra relacionados à deportação ilegal de crianças e transferência ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
Por essa razão, o presidente russo não compareceu à reunião do Brics, um bloco formado por países emergentes, realizada de 22 a 24 de agosto deste ano.
A entrevista de Lula ao Firstpost ocorreu durante sua visita à Índia para participar da 18ª edição da Cúpula do G20. O presidente chegou à capital, Nova Délhi, na sexta-feira, 8 de setembro.
Além de defender a possibilidade de Putin visitar o Brasil, Lula expressou sua intenção de discutir o conflito entre Rússia e Ucrânia na próxima Assembleia Geral da ONU, agendada para 19 de setembro. Segundo Lula, esse encontro será uma oportunidade para “convocar” Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma “mesa de negociação”. (Informe Baiano).
