O influenciador digital e rifeiro Ramhon Dias de Jesus Vaz teve sua prisão temporária decretada pela juíza Eduarda de Lima Vidal, da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador.
Além dele, Anelise Barbosa de Ataíde e David Mascarenhas Alves de Santana, suspeitos de gerir um esquema criminoso, também tiveram seus pedidos de prisão expedidos por cinco dias. Ramhon é conhecido por ostentar uma vida de luxo e tem cerca de 500 mil seguidores nas redes sociais.
As suspeitas envolvem crimes como lavagem ou ocultação de bens, corrupção, jogos de azar e associação criminosa. O mandado de prisão aponta que os delitos foram cometidos por meio de uma associação criminosa bem-organizada, na qual cada um dos envolvidos desempenhava um papel importante e realizava movimentações financeiras consideráveis.
O grupo utilizava as redes sociais, especialmente o aplicativo Instagram, para divulgar rifas com alto potencial lesivo. As investigações revelaram que os suspeitos também teriam criado empresas de fachada e utilizado laranjas para ocultar as grandes quantias de dinheiro movimentadas pelo esquema.
Anelise Barbosa, suspeita de ser responsável pelo departamento financeiro do esquema, estaria direcionando as cotas das rifas vendidas para uma conta PIX vinculada aos seus dados. Além disso, ela também teria a função de ocultar os valores obtidos com as rifas.
Por sua vez, David Mascarenhas era encarregado de divulgar as apostas, realizava os sorteios e divulgava os resultados. Segundo os autos, ele era considerado uma pessoa de confiança para as atividades supostamente criminosas de Ramhon.
A prisão preventiva dos envolvidos foi decretada por cinco dias, visando evitar a destruição ou ocultação de provas.
A investigação e a prisão temporária do influenciador e dos gestores do esquema de rifas nas redes sociais têm como objetivo combater a lavagem de dinheiro e a associação criminosa.